Celebrar a Vida
De modo muito providencial, no início da celebração da Santa Missa do dia de Finados, ou como a Igreja melhor denomina de Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, me pus a pensar se não iria postar nada a respeito do que a Santa Igreja festeja nesta data. Sim, festeja, pois a celebração dos fiéis defuntos não é um culto à morte, mas uma demonstração de que o que esperamos está mais além, está para lá da história. Aprendi esta semana, ouvindo uma formação do Padre Paulo Ricardo que o sentido da vida cristã encontra-se na eternidade. Dessa forma, não se pode negligenciar o profundo significado deste dia para a nossa fé.
Bem, mas como dizia, pensava no que escrever a respeito do dia de hoje, e confesso que nada me vinha à mente. Ao final da celebração, minha mãe chamou-me a atenção para um pequeno conto numa tarja lateral do folheto da celebração. Não costumo ler esses contos, posto que em muitos locais e por muitas vezes podem trazer mensagens categoricamente contra a autêntica fé católica. Entretanto, dessa vez o pequeno conto chamou-me a atenção e resolvi acolher a sugestão de Dona Linda para coloca-lo em meu blog. Deixo a cada um dos irmãos que acompanham o Imortal Juventude esta pequena reflexão acerca do sentido de nossa história:
“Diante do iminente desenlace de seu paciente, o médico resolveu realizar o seu último desejo. Naquela manhã, ao adentrar a enfermaria, o médico vê o rosto do paciente se iluminar, suas mãos são entrelaçadas com força e sofreguidão pelo enfermo, que desabafa: “-Doutor, tenho muito medo, por favor, responda-me com todo o seu conhecimento cientifico, com toda a sua experiência na medicina, o que me espera, o que acontece após a morte?”. Olhando-o com ternura e amizade, o médico apenas ousou balbuciar: “-Não sei!”
“Não sabe?”, repetiu decepcionado o doente... Ato contínuo, o médico vai até a porta do quarto e a escancara. No mesmo instante, o cãozinho do paciente irrompe pela porta, e, numa salto, vai ao encontro do seu dono, seu amigo: o médico realizara seu último desejo.
Voltando-se para o paciente, o médico lhe diz: “Vê o que aconteceu neste quarto? Seu cãozinho nunca esteve aqui, não conhecia nenhum dos enfermeiros, mas porque sabia que atrás daquela porta encontrava-se seu dono, o seu grande amigo, tão logo ela se abriu, veio correndo, cheio de alegria ao seu encontro.” Eu também não sei o que se passa após a morte, mas porque sei que atrás da posta desta vida está o Grande Amigo que por nós morreu e ressuscitou, e nos disse: ‘EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA. QUEM CRÊ EM MIM VIVERÁ ETERNAMENTE’. Quando as portas da eternidade se abrirem para mim, tenho certeza que correrei ao encontro d’Ele, como seu cãozinho hoje veio ao seu encontro...”
Bem, creio que não há muito o que dizer após esse pequeno conto. Sim, nós cremos na vida eterna, cremos na ressurreição. Cremos que esta data é uma celebração da vida, da graça de Deus que opera maravilhosamente em nós e une toda a Igreja: A Igreja Militante, que somos nós, lutando e vivendo neste tempo, as batalhas contra o pecado; a Igreja Padecente, que são as almas do purgatório, que, embora ainda não estejam participantes da glória celeste, já experimentam a certeza de que para lá irão após uma última purificação, e por eles devemos orar e oferecer sacrifícios, para que o quanto antes possam gozar da felicidade celeste; e a Igreja Triunfante, aqueles que já no céu intercedem por nós, diante de Nosso Grande Deus e Senhor Jesus Cristo. Isso é a Santa Igreja de Deus, Esposa Imaculada do Cordeiro. E é esta união que celebramos de modo festivo. Celebramos a festa daqueles que já passaram para o lado místico da Santa Igreja, não sem deixar sua saudade entre nós, mas certamente sem tristeza, pois cremos na vida eterna.
Credo in Sanctorum Comunionem |
Termino esta pequena reflexão com a letra de uma canção de Martin Valverde, “No se han ido del todo” , para consolar e fortalecer os corações que sentem saudades daqueles que já cruzaram a porta e se encontraram com seu Grande Amigo...
No Se Han Ido Del Todo
(Martin Valverde)
No se han ido del todo, si aún podemos su risa evocar
su carácter y su bondad, no se han ido del todo
No se han ido del todo, si algo bueno han dejado al pasar
aunque hoy ya no estén más aquí, no se han ido del todo
No se han ido del todo, si recordar es volver a vivir
aún con lágrimas puedes decir, no se han ido del todo
No es el fin de la historia, son dos lados de la eternidad
ellos ahora se encuentran allá y tú y yo debemos continuar
Ahora se encuentran libres, ahora ya son felices
lo que aquí tanta falta les hizo donde están hoy, les sobra
Ya no hay sufrimiento y no existen más lágrimas
no hay vacío ni hay soledad, son libres como el viento
Dios los ha recibido, a sus brazos llegaron
hoy están descansando
en la casa del Padre han sido recibidos
ya no tienen nada que temer pues están en el cielo
no se han ido del todo
No se han ido del todo, si nos han dejado una luz
si su esfuerzo da frutos aún, no se han ido del todo
No se han ido del todo, si al pensarlos nos hacen vivir
si una meta nos hacen seguir, no se han ido del todo
Y aunque duela hasta el alma, mejor dales tu último adiós
si hace falta también tu perdón, deja ya que descansen
Ya no pierdas más tiempo, enfréntate a la vida
todo hombre se puede morir, tú estás vivo y te toca vivir
No tengas miedo, que Dios te hace más fuerte
quien ha sabido vivir, no le teme a la muerte
su carácter y su bondad, no se han ido del todo
No se han ido del todo, si algo bueno han dejado al pasar
aunque hoy ya no estén más aquí, no se han ido del todo
No se han ido del todo, si recordar es volver a vivir
aún con lágrimas puedes decir, no se han ido del todo
No es el fin de la historia, son dos lados de la eternidad
ellos ahora se encuentran allá y tú y yo debemos continuar
Ahora se encuentran libres, ahora ya son felices
lo que aquí tanta falta les hizo donde están hoy, les sobra
Ya no hay sufrimiento y no existen más lágrimas
no hay vacío ni hay soledad, son libres como el viento
Dios los ha recibido, a sus brazos llegaron
hoy están descansando
en la casa del Padre han sido recibidos
ya no tienen nada que temer pues están en el cielo
no se han ido del todo
No se han ido del todo, si nos han dejado una luz
si su esfuerzo da frutos aún, no se han ido del todo
No se han ido del todo, si al pensarlos nos hacen vivir
si una meta nos hacen seguir, no se han ido del todo
Y aunque duela hasta el alma, mejor dales tu último adiós
si hace falta también tu perdón, deja ya que descansen
Ya no pierdas más tiempo, enfréntate a la vida
todo hombre se puede morir, tú estás vivo y te toca vivir
No tengas miedo, que Dios te hace más fuerte
quien ha sabido vivir, no le teme a la muerte
Com carinho e orações
Roberto Amorim
Roberto Amorim
Beto, trago agora à mémoria o estudo de ontem. Este texto vem ser algo excepcional que ajudará muitos, fazendo-os compreender que após a morte existe vida, uma vida de céu ao lado de nosso grande amigo. Para todos aqueles que assim como eu, já não tem aquele que foi e é amado por "perto", que saibam esperar para um grande abraço assim que passarmos pela porta da eternidade.Como diria Pe. Fábio de Mello, "saudades é uma forma de ficar". "Somente enquanto respirar lembrarei de você".
ResponderExcluirCom carinhos e orações: Aline Xavier Bras