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"Porei hostilidade entre ti e A MULHER" (Gênesis 3, 15a)

               

               Essa tarde, durante um passeio com minha mãe, enquanto ela se ocupava de coisas de seu interesse particular, fiquei sentado à mesa de um café lendo as páginas de um antigo livro que tenho sobre exorcismo e possessões, do padre exorcista Francesco Bamonte, religioso dos Servos do Imaculado Coração de Maria. Para minha feliz surpresa, especialmente nestes tempos em que me preparo para a renovação da minha consagração como Escravo de Jesus pelas mãos da Virgem Maria, encontrei no livro que lia preciosos relatos de casos de nos quais o demônio, sempre impelido pela Vontade Divina, revelava verdadeiras catequeses teológicas da fé cristã autêntica e integral. De modo particular e não menos precioso, o livro apresenta momentos de intensa experiência mariana nos exorcismos. Assim, não tenho muito o que expor aqui, senão a transcrição do próprio livro, que creio ser de muita utilidade para nossa fé e formação, certamente além de fortalecer e consolidar nossa fé e devoção à Virgem Santíssima. Deixo-vos com as palavras do Pe. Bamonte:


                “Particularmente consoladora é a experiência mariana nos exorcismos. Quando Nossa Senhora é nomeada os exorcistas verificam como os demônios, pelo seu grande desprezo e ódio nos confrontos com Mãe de Deus, enfurecem-se terrivelmente. Sem ousar nunca chama-la pelo nome, dizem “aquela”, acrescentando uma porção de injúrias nos seus confrontos, porque lamentam que ela arruíne muitos de seus planos. Uma costumeira manifestação antimariana do demônio é aquela de manifestar imensa raiva quando é nomeado o Coração Imaculado de Maria, porque lhe faz recordar, como frequentemente urrou, que o mundo foi consagrado por aquele *** (expressão irreferível dirigida ao Bem Aventurado João Paulo II) a este Coração Imaculado e esta consagração provocou a falência de muitos projetos seus, em escala mundial. Em relação ao Santo Rosário, uma vez, colocado no pescoço da pessoa que era exorcizada um terço, o demônio começou logo a gritar: “Está me esmagando, pesa, está me esmagando esta cadeia com a cruz no fundo!”.  O exorcista exclamou: “De hoje em diante esta irmã rezará o terço todo dia”. E o demônio imediatamente respondeu: “Mas sois tão poucos os que o dizeis (referia-se ao rosário, em comparação com o mundo inteiro! É bom para mim que seja assim porque me desagrada, porque invocais Aquela (referia-se a Nossa Senhora), me recordais a vida Daquele (referia-se à vida de Jesus, que meditamos nos mistérios do rosário)”. Num outro dia, enquanto exorcizava o demônio, o exorcista tirou do bolso um terço; logo o demônio gritou: “Leva embora essa cadeia, leva embora”.  “Que cadeia?”. “Essa com a cruz no fundo. Ela nos vergasta com essa cadeia!” Isto também é certamente uma linguagem metafórica que, porém, nos faz entender, de modo muito concreto, o poder do rosário e quanto o demônio o teme.
               
Imaculado Coração de Maria
                 Um dia, com grande surpresa, um exorcista se apercebeu de que Deus humilhava o demônio constrangendo-o a louvar Maria. De fato, enquanto o exorcista invocava Maria, disse: “Ela é a única que está em toda parte, me ‘mata’, me ‘matou’ sempre, sempre me ‘matou’, bota os pés na minha cabeça; o seu maldito véu me estrangula toda vez; nenhum de nós resiste”. A estas palavras o exorcista exclamou: “Muito agradecido, Mãe; muito agradecido, Coração Imaculado!”. O demônio rebateu imediatamente: “Deixa para lá esse Coração: cravamos nele uma espada e não morreu, crucificamos Seu Filho e não morre: tomou outros filhos!” Em um outro exorcismo, enquanto o exorcista louvava o Imaculado Coração de Maria, o demônio disse: “O Seu Coração é nossa dor. Quanto mais o transpassamos, mais vivo se mostrou; quanto mais o esmagamos, mais Ela nos esmagou; quanto mais sofria, mais sofríamos nós. Nós queríamos ‘alegrar-nos’, ela ao invés nos matava com seu pranto: as suas lagrimas são fogo que nos mata”. Num outro dia, enquanto o mesmo exorcista invocava o Imaculado Coração de Maria, o demônio falou dos espinhos cravados nele (que representam os pecados da humanidade) e daqueles que reparam as ofensas para com este Coração, e disse: “Os homens me ajudaram a cravar nele milhões de espinhos, me ajudaram a espetar nele todos aqueles espinhos. Vós é que me ajudastes! Mas quanto mais espinhos, mais força; quanto mais sangue, mais glória; os vossos pecados se transformaram em glória porque outras tantas almas se consagraram a expiá-los e cada alma lhe faz saltar um espinho, e cada espinho que salta finca um pau de fogo em nosso cérebro. Nós os espancamos, nós lhes batemos, nós os queimamos, nós os magoamos, nós os despedaçamos, e eles ali a orar. Nós os insultamos , nós os caluniamos, e eles por terra a orar. Não acabará nunca esta tortura. São muitos, são demais! Quantos inconscientes se consagram e não esperam outra coisa senão morrer por Aquela... e seu Filho!”
                Em um outro exorcismo, vangloriando-se ele dos sofrimentos provocados em pessoas inocentes, o exorcista começou a orar decididamente: “Senhor Jesus Cristo, enquanto na cruz parecíeis vencido, enquanto parecia que poder das trevas tinha vencido para sempre, na realidade éreis vós que estáveis vencendo para sempre”. E o demônio retorquiu: “É tudo culpa Dela, é tudo culpa de Sua Mãe. Por isso ensinei a esta cretina (referia-se à pessoa que ele atormentava) a odiá-la e ela conseguiu superar também isto. Ela (aqui se referia a Nossa Senhora) ora sempre, não se cala um momento e nós somos vergastados pelas suas orações”. Evidentemente falava tanto da intercessão que Maria estava exercendo diante de Deus por aquela mulher, quanto pelo crescente amor por Maria que ela estava alimentando. Em outro exorcismo, também aqui com uma evidente linguagem metafórica (não tendo ele pele nem cérebro, porque espírito imaterial), acrescentou: “Toda vez que desce nesta terra (referia-se  Nossa Senhora), nós afundamos muitíssimo mais. Cada lágrima sua é um buraco em nossa pele, cada olhar seu é um rasgão em nosso cérebro, cada passo seu é o nosso fim. Estamos procurando detê-la, não o conseguimos porque ela é mais poderosa que nós. O Mal não tem nenhum poder sobre ela”.
                Um episódio particularmente comovente é o seguinte: um dia, dirigindo-se a uma imagem de Nossa Senhora, presente na sala onde o exorcista estava em atividade, o demônio começou a gritar: “Por que ofereceste tudo Àquele? Por quê? Por quê?!” O exorcista intrometeu-se: “O que ofereceu?”. E ele respondeu: “Sob a cruz Dele, ela sofria!” Referia-se claramente à oferta que Nossa Senhora fez dos seus sofrimentos e dos sofrimentos de Jesus ao eterno Pai no momento da crucificação. E então o exorcista começou a dizer: “Recorda-te que Maria, aos pés da cruz, ofereceu Jesus ao Pai e ofereceu sua própria pessoa com Jesus ao Pai. Por nós seus filhos ofereceu este sacrifício”. A estas palavras soltou urros indescritíveis e evidentemente esmagado pela força redentora que brota do sacrifício de Cristo e de Maria no Calvário, disse: “Basta, basta! Não me faças recordar, basta, estás me queimando!”
                Na Sexta-Feira Santa de 2006, enquanto um exorcista desenvolvia o seu ministério lendo no Evangelho de João as palavras que Jesus na cruz dirigiu a Maria: “Mulher, eis aí o teu filho” e aquelas palavras dirigidas a João: “Eis aí tua mãe!”, assim se expressou o demônio: “Em um instante Ela amou todos os seus filhos por todas as gerações e deu o seu segundo ‘sim’. Depois do ‘sim’ dado ao Anjo, seu o seu ‘sim’ ao seu Filho na cruz, porque vós vos tornastes seus filhos”. O exorcista então, entre o pasmo e a alegria, porque compreendia que o demônio estava claramente constrangido, malgrado seu, a dizer coisas que nunca teria querido dizer, continuou lendo as palavras do Evangelho: “E a partir daquele momento o discípulo a tomou na sua casa”.  E o demônio com uma repugnância tremenda, que manifestava na voz e nas atitudes, acrescentou: “As almas puras tomam a Mãe de Deus no seu coração. O vosso corpo e o vosso espírito são a casa do Senhor, e nela deveis tomá-la. Todos os filhos de Deus deveriam tomar Maria dentro de si mesmos e aquilo que Ela vos ensinou com sua vida. Vós tendes um grande meio que é Maria, usai-o muito. Orai a ela, rezai muito, tornai-a vossa. Ela caminha sempre ao vosso lado.”
                Diante dessas palavras, o exorcista sabendo que a Sexta-Feira Santa é um dia especial de graça, recordou-lhe que o sacrifício de Jesus na cruz por amor a nós, as suas chagas, o seu sangue, suas dores, suas humilhações, a sua oferta ao Pai, juntamente com as lágrimas e as dores de Maria aos pés da cruz e a sua oferta junto com o Filho ao Pai por amor a nós. E enquanto dizia todas estas coisas, o demônio continuou, afirmando com grande abatimento do exorcista que o escutava: “Estávamos também nós ali ao pé da cruz, alguns os instigávamos contra Ele, os estimulávamos a contestá-lo, a berrar contra Ele, a desafiá-lo. A outros tentávamos insinuando em suas mentes dúvidas de que Ele não era verdadeiramente o Messias. Alguns estavam ali para ver algum milagre e convencer-se de que Ele era o Messias: que estúpidos! Fizemos fugir dali tantas pessoas que não acreditavam mais, apavoraram-se ao ver que morria e os poucos que ali permaneceram convenceram-se quando morreu que nada era verdade, porque se morreu nada mais podia se fazer. Quando tiraram o corpo da cruz, olhamos também João, dizendo na sua mente: ‘Olha que fim teve o vosso Messias, olha que fim teve o teu Messias!’. Tentamos também a Mãe. Ela tinha o coração despedaçado, mas ao mesmo tempo existia nele uma grande paz, e perdoava a todos, amava e sofria: o seu perdão era total, o seu amor era total, a sua oferta era total. E isto nos venceu! Inutilmente insidiamos a sua fé. Ela continuou a orar. Ela era a única que conservou a fé na Ressurreição. O Seu Coração já o sabia e no alvorecer do dia depois do sábado, Ele se apresentou por primeiro a Ela. Não sabemos o que possam ter conversado, só vimos que naquele encontro existia uma grande paz e um infinito amor, mas não podíamos ouvir as palavras, o seu discurso de amor estava fora do nosso alcance. Depois vimos Madalena que ia ao sepulcro”.
                Certo dia, no exercício do seu ministério, o exorcista disse que celebrar a Santa Missa por aquela pessoa, o demônio quase sem forças para reagir, porque já estava próximo de sair do possesso, deixou este testemunho: “Não sei como lhe tenha vindo à mente sacrificar-se por vós, lixo imundo que outra coisa não sois. Como fez para sacrificar-se por estes seres que não valem nada, que não entendem quanto ele os tenha amado e quanto os ama, porque o ofendem continuamente. Para Ele a Missa não serve, Ele tem tudo; é só para vós que a inventou, só para vós, para aproximar-vos Dele, para fazer-vos tê-lo a cada dia, e vós, estúpidos, escarrais em cima. E vós não o aceitastes, vós que poderíeis verdadeiramente ser como Ele. Ele vos quer a Seu lado (isto o demônio disse com extrema dificuldade) e vos dá todos os dias aquele Corpo e aquele Sangue, nojentos para nós, mas que para vós são tudo, o único meio para chegar à salvação, para não vos perderdes conosco. Como não entendê-lo? Ele ali está e vos diz: ‘Estou aqui. Tomai-me’.  A nós disse: ‘Afastai-vos!’. A vós disse: ‘Estou aqui!’.
                Noutra ocasião, durante uma grande batalha, em que o exorcista intuía claramente que o demônio procurava opor-se para não repetir o que Cristo lhe estava mandando dizer, num certo ponto completamente derrotado pela força de Deus, exclamou: ‘Ele está me ordenando dizer-vos: Não tenhais medo, ide ao encontro do vosso Deus. Abandonai toda ligação com o mal sobre a terra. Enchei do Senhor a vossa vida, abri dentro de vós espaço só para Jesus Cristo, segui Jesus na alegria e no sofrimento. Louvai-o sempre. Ele é a vossa salvação! Ahhhhhh!’ (foi o urro que emitiu pelo tremendo esforço que havia empregado para dizer o que a ele aborrece)”

                Pois bem, queridos filhos e filhas da Igreja de Deus, estas são as palavras do livro. Creio que sendo elas fortes como são, podem ser tomadas a peito por nós como um alerta. Se nos apegarmos à Virgem Santíssima, ao Santo Rosário e de modo especial ao Santo Sacrifício da Missa, nosso Inimigo comum nada poderá conosco.
                Que nosso Grande Deus e Senhor Jesus Cristo nos abençoe, e Sua Mãe Santíssima nos cuide.

Com carinho e orações
Roberto Amorim,
Indigno Escravo por Amor da Virgem Maria.
21 de novembro de 2011 -  01:54h

Nós Cremos na Vida Eterna...

Celebrar a Vida

"Nós cremos na Vida Eterna 
E na feliz ressurreição  
Quando de volta à Casa Paterna 
 Com o Pai os filhos se encontrarão"


               
                 De modo muito providencial,  no início da celebração da Santa Missa do dia de Finados, ou como a Igreja melhor denomina de Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos,  me pus a pensar se não iria postar nada a respeito do que a Santa Igreja festeja nesta data. Sim, festeja, pois a celebração dos fiéis defuntos não é um culto à morte, mas uma demonstração de que o que esperamos está mais além, está para lá da história. Aprendi esta semana, ouvindo uma formação do Padre Paulo Ricardo que o sentido da vida cristã encontra-se na eternidade. Dessa forma, não se pode negligenciar o profundo significado deste dia para a nossa fé.
                Bem, mas como dizia, pensava no que escrever a respeito do dia de hoje, e confesso que nada me vinha à mente. Ao final da celebração, minha mãe chamou-me a atenção para um pequeno conto numa tarja lateral do folheto da celebração. Não costumo ler esses contos, posto que em muitos locais e por muitas vezes podem trazer mensagens categoricamente contra a autêntica fé católica. Entretanto, dessa vez o pequeno conto chamou-me a atenção e resolvi acolher a sugestão de Dona Linda para coloca-lo em meu blog. Deixo a cada um dos irmãos que acompanham o Imortal Juventude esta pequena reflexão acerca do sentido de nossa história:
                “Diante do iminente desenlace de seu paciente, o médico resolveu realizar o seu último desejo. Naquela manhã, ao adentrar a enfermaria, o médico vê o rosto do paciente se iluminar, suas mãos são entrelaçadas com força e sofreguidão pelo enfermo, que desabafa: “-Doutor, tenho muito medo, por favor, responda-me com todo o seu conhecimento cientifico, com toda a sua experiência na medicina, o que me espera, o que acontece após a morte?”. Olhando-o com ternura e amizade, o médico apenas ousou balbuciar: “-Não sei!”
                “Não sabe?”, repetiu decepcionado o doente... Ato contínuo, o médico vai até a porta do quarto e a escancara. No mesmo instante, o cãozinho do paciente irrompe pela porta, e, numa salto, vai ao encontro do seu dono, seu amigo: o médico realizara seu último desejo.
                Voltando-se para o paciente, o médico lhe diz: “Vê o que aconteceu neste quarto? Seu cãozinho nunca esteve aqui, não conhecia nenhum dos enfermeiros, mas porque sabia que atrás daquela porta encontrava-se seu dono, o seu grande amigo, tão logo ela se abriu, veio correndo, cheio de alegria ao seu encontro.” Eu também não sei o que se passa após a morte, mas porque sei que atrás da posta desta vida está o Grande Amigo que por nós morreu e ressuscitou, e nos disse: ‘EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA. QUEM CRÊ EM MIM VIVERÁ ETERNAMENTE’. Quando as portas da eternidade se abrirem para mim, tenho certeza que correrei ao encontro d’Ele, como seu cãozinho hoje veio ao seu encontro...”
                Bem, creio que não há muito o que dizer após esse pequeno conto. Sim, nós cremos na vida eterna, cremos na ressurreição. Cremos que esta data é uma celebração da vida, da graça de Deus que opera maravilhosamente em nós e une toda a Igreja: A Igreja Militante, que somos nós, lutando e vivendo neste tempo, as batalhas contra o pecado; a Igreja Padecente, que são as almas do purgatório, que, embora ainda não estejam participantes da glória celeste, já experimentam a certeza de que para lá irão após uma última purificação, e por eles devemos orar e oferecer sacrifícios, para que o quanto antes possam gozar da felicidade celeste; e a Igreja Triunfante, aqueles que já no céu intercedem por nós, diante de Nosso Grande Deus e Senhor Jesus Cristo. Isso é a Santa Igreja de Deus, Esposa Imaculada do Cordeiro. E é esta união que  celebramos de modo festivo. Celebramos a festa daqueles que já passaram para o lado místico da Santa Igreja, não sem deixar sua saudade entre nós, mas certamente sem tristeza, pois cremos na vida eterna.
Credo in Sanctorum Comunionem
                Termino esta pequena reflexão com a letra de uma canção de Martin Valverde, “No se han ido del todo” , para consolar e fortalecer os corações que sentem saudades daqueles que já cruzaram a porta e se encontraram com seu Grande Amigo...


No Se Han Ido Del Todo
(Martin Valverde)

No se han ido del todo, si aún podemos su risa evocar
su carácter y su bondad, no se han ido del todo

No se han ido del todo, si algo bueno han dejado al pasar
aunque hoy ya no estén más aquí, no se han ido del todo

No se han ido del todo, si recordar es volver a vivir
aún con lágrimas puedes decir, no se han ido del todo

No es el fin de la historia, son dos lados de la eternidad
ellos ahora se encuentran allá y tú y yo debemos continuar

Ahora se encuentran libres, ahora ya son felices
lo que aquí tanta falta les hizo donde están hoy, les sobra

Ya no hay sufrimiento y no existen más lágrimas
no hay vacío ni hay soledad, son libres como el viento

Dios los ha recibido, a sus brazos llegaron
hoy están descansando
en la casa del Padre han sido recibidos
ya no tienen nada que temer pues están en el cielo
no se han ido del todo

No se han ido del todo, si nos han dejado una luz
si su esfuerzo da frutos aún, no se han ido del todo

No se han ido del todo, si al pensarlos nos hacen vivir
si una meta nos hacen seguir, no se han ido del todo

Y aunque duela hasta el alma, mejor dales tu último adiós
si hace falta también tu perdón, deja ya que descansen

Ya no pierdas más tiempo, enfréntate a la vida
todo hombre se puede morir, tú estás vivo y te toca vivir

No tengas miedo, que Dios te hace más fuerte
quien ha sabido vivir, no le teme a la muerte


Com carinho e orações
Roberto Amorim