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Amor Centrífugo


                Curioso como certas percepções do mistério divino são despertadas em nossa vida por acontecimentos que nos ferem. Creio firmemente que isso acontece devido à veracidade da velha máxima cristã que diz: “Não há Cristo sem cruz; e não haverá jamais cruz sem a presença de Cristo”. O mistério mais íntimo de Deus, Seu Divino Filho que nos foi dado a conhecer, sempre está no cerne do nosso sofrer, por mais banal ou sem importância que este possa parecer. Dito de outro modo: se tivermos a coragem de romper os medos interiores e esquadrinharmos os escuros corredores dos nossos sofrimentos, lá encontraremos Cristo, que nos sustenta e dá sentido à nossa dor, assim como na cruz a morte mais atroz foi como uma semente que se rompeu, se estraçalhou e gerou ressurreição. 

                Bem, comento tudo isso inicialmente para refletir um pouco sobre minha forma de amar. Abro o coração e corajosamente disposto a encontrar sentido cristão no que vivo, decido observar meus sofrimentos à luz de tudo aquilo que creio e busco viver a respeito do amor de Deus. E de modo ao mesmo tempo violento e suave, Deus me inspira e mostra a realidade centrifuga de Seu Amor, aquele com o qual devemos amar. Pode soar estranho ou mesmo revolucionário associar o amor de Deus a esta palavra, mas mesmo nessa estranheza o sentido divino desse amor desvela-se como único modelo seguro a ser seguido.

                Não conheço bem as realidades da física, mas creio estar certo ao supor que uma máquina de força centrifuga lança para fora os corpos que se aproximam de seu centro. Entretanto, cessada a força, num momento de repouso, aquele corpo mansamente, naturalmente busca o centro do aparelho e ali aguarda, descansa, repousa... 

                Ocorre algo semelhante conosco. Percebo que o amor de Deus  por mim e consequentemente o amor com que Ele deseja  que eu ame é este amor centrifugo, que me atrai ao mais intimo de Seu Divino Coração nos momentos de repouso, mas “violentamente” lança-me para fora, “me expulsa” de mim mesmo em direção à realidade em que vivo. De modo muito interessante, percebo que a proximidade com o centro é o que proporciona a força para lançar-me. Em outras palavras, eu posso me questionar: minha proximidade de Deus tem me dado forças para lançar-me? Creio que quanto mais percebo que há em mim destemor e ousadia para lançar-me, tanto mais clara estará a ideia de que estou ou não próximo a Deus. 

                Percebo também que quanto mais leves e despidos nos aproximamos do sentido último do nosso sofrer, mais docilmente o amor de Deus nos impulsiona e nos lança. Se, ao contrário, me aproximo de Deus armado de diversos sentimentos de autopiedade, mesquinhez, ou qualquer outro sentimento que nos pese, não serei aprimorado por esse amor e não serei lançado por sua força, mas por meu próprio peso. E o meu peso ferirá a outros, pois dessa forma me lanço por força de sentimentos dos quais eu mesmo não quis me deixar curar por Deus. Imagino como se colocássemos pequenas pedras de mármore dentro de um liquidificador. Alem de as finas lâminas não lapidarem as pedras de modo certo, os ruídos e colisões denotam a violência com que o peso do mármore o arremessa contra o que há ao seu redor. E a toda essa reflexão bastaria  somente adicionar um belíssimo detalhe: o amor de Deus lança-nos aos outros, para os outros; os meus medos, pesos, limites não curados lançam-me contra os outros. 

                Paro por um instante minha reflexão e me pergunto se tenho me despido para ser lançado de modo mais leve. Meu coração me pergunta se já aceitei a maravilhosa verdade de que Deus de nada me acusa, e assim possa dele me acercar para amar mais e melhor.
                Certa vez, li uma frase cujo autor não me lembro, mas que imprimiu em mim, em meu coração uma germinal vontade de deixar-me mais leve em Deus: “O Evangelho converte por atração, não por adaptação”. Encontro nesta frase a certeza de que o amor de Deus me faz livre sempre e desse modo deve ser o meu amor para com o outro. Amor livre esse que ao aproximar-se do outro, o atrai, mas dele não se apodera. Conquista mas não seqüestra, e mira corretamente o bem para o outro, dispondo-se a pagar o preço. 

                Percebo no Amor Divino que desse modo nos atrai não quer outra coisa senão a plena liberdade interior para nós. Pergunto-me onde tenho mirado o meu amor por Deus e pelo irmão. Percebo que a chave e o segredo estão na conquista diária da retidão e humildade. Quando amo de modo equívoco, miro em mim mesmo o amor e erro o alvo. Curiosamente, a etimologia da palavra pecado, seu sentido original equivale justamente a “errar o alvo”. E cada vez que miro de forma errada o meu amor por Deus e pelo outro, eu escravizo a mim mesmo e ao irmão. Nego a Deus a possibilidade de fazer-me livre. Cada vez que amo no desejo de seqüestrar, obrigo também o outro a errar o alvo – pecar – do seu amor. Interponho-me entre Deus e o outro, colocando-me numa posição que cabe unicamente a Deus, e me torno um ídolo. Mas, por outro lado, amando na liberdade para a qual fui criado, e na liberdade de permitir que Deus ame em mim, eu me aproximo e conquisto, e levo as pessoas à fonte que me possibilita amar da forma correta. Torno-me uma seta, uma flecha, um ícone; uma espécie de janela aberta que mostra o céu, o que está além. Torno-me uma imagem translúcida por onde se pode enxergar a pureza que há em  Deus.

                E novamente eu me pergunto: tenho amado desse modo? Temo perceber que a tensão gerada por esse questionamento seja fruto dos meus erros de alvo. E nesse sentido peço a Deus que calibre outra vez a mira do meu coração. 

                Curioso como certos espinhos, ao ferir nosso coração,  irrigam nossa alma. Creio hoje, mais que ontem, que há feridas necessárias, que nos aproximam de Deus  e nos fazem repousar e experimentar a força centrifuga de Seu Amor.  Hoje, mais do que nunca, peço a Ele que nos dê esse amor. Atrai-nos, Senhor... Consola-nos, lança-nos...

Queremos correr ao seu encontro
Ao Seu encontro
Arrasta-nos, Senhor
Inflama-nos de amor...
(Arrasta-nos – Comunidade Shalom)


Com carinho e orações,
Roberto Amorim  
27/09/2010 – 18:45h

A Dignidade da Mulher Cristã

Com profundo carinho no Senhor, dedico a todas as mulheres este belíssimo texto que encontrei enquanto navegava em outro blogs católicos (http://cormariaeonline.blogspot.com). Creio que num tempo em que a sociedade vulgariza tanto a imagem feminina, e muitas vezes as próprias mulheres perdem a noção de seu valor como Filhas de Deus, urge que todos nós, cristãos católicos, tenhamos bem claro diante dos olhos os dizeres deste texto. 

Dedico especialmente a todas as meninas e mulheres que fazem parte da minha vida, sinais da ternura de Deus para comigo.

Por Dra. Alice Von Hildebrand*

(Traduzido por Melissa Bergonso)

O que está a seguir são alguns escritos de Dr. Alice Von Hildebrand, uma das maiores mentes da Igreja moderna. Nenhum blog que fale sobre o Véu na Igreja seria completo se não desse atenção apropriada à dignidade Cristã da mulher...


Minha jovem amiga:

Eu sei que meninas gostam de segredos, e eu vou compartilhar um com você. Deus escolheu o seu sexo para você; Ele te fez uma menina. Você sabe que hoje feministas dizem frequentemente às garotas que a Igreja é “preconceituosa” e as tem “discriminado” desde o princípio. A Igreja é acusada de tê-las tratado como “inferior”, menos talentosas, com menos dons, criadas para serem servas dos homens; dizem que Ela negou às mulheres poder na Igreja e que as proibiu de receberem a maior honra, a ordenação sacerdotal e assim vai...

Sem dúvida, você tem ouvido este tipo de coisa, porque a mídia é boa para espalhar este tipo de mensagem negativa. E é por isto, para refutar estas falsas alegações, que eu gostaria de fazer você perceber que a mulher – longe de ser discriminada, ao contrário – teve outorgado por Deus um lugar único no trabalho da redenção. A beleza de sua missão já é aludida no Velho Testamento, porém encontra seu cumprimento somente no Novo, que é a doce Mãe de nosso Salvador; em Maria, a Virgem de Nazaré, que foi escolhida desde toda eternidade para ser a Mãe do Redentor.

Vamos tirar nossa venda dos olhos, e então seremos capazes de ver que a mulher, longe de ser “discriminada”, ao contrário, é de muitos modos privilegiada. E este é o “segredo” que eu desejo compartilhar com você. O corpo de toda menininha nascida neste mundo é misteriosamente selado pelo o que é particularmente chamado “véu da virgindade”. Isto quer dizer que seu corpo é encarregado de levar um “segredo”, e um segredo é sempre velado. De acordo com o ensinamento Cristão, este véu fecha a entrada para um misterioso jardim, o qual pertence a Deus de um modo especial, e por esta razão não pode ser adentrado exceto com Sua expressa permissão, a permissão que Deus concede aos esposos no Sacramento do Matrimônio. Toda garotinha consciente deste “mistério” sentirá que seu corpo deve ser modestamente vestido, e então seu segredo ficará escondido de olhares lascivos e impudicos.

Garotinhas, claro, crescem. Quão lindo é quando uma noiva pode dizer ao seu marido na sua noite de núpcias, “Eu tenho guardado este jardim virginal para você, e agora, com a permissão de Deus eu estou lhe dando suas chaves, sabendo que você entrará dentro dele com reverência”.

Além disso, quando uma esposa concebe poucas horas depois do seu marido tê-la abraçado, Deus cria a alma da criança em seu corpo, (como você certamente sabe, nem o marido nem a esposa pode produzir a alma humana; apenas Deus pode criá-la). Em outras palavras, há um “contato” pessoal entre Deus e a mulher o que, uma vez mais, dá ao corpo feminino um caráter de sacralidade. Não se esqueça de que Ele, a Quem o universo inteiro não pode conter, foi “escondido” no ventre da Santa Virgem por nove meses. Uma vez que você percebe isto você ficará maravilhada pelo duplo mistério que Deus confiou a você: conceber um ser humano feito à imagem e semelhança de Deus, e dar à luz a ele em meio à dor e sofrimento. Não se esqueça que foi também em meio à dor e sofrimento que Cristo reabriu para nós os portões do paraíso – o qual foi fechado pelo pecado. Para a mulher foi concedido o impressionante privilégio de nobre sofrimento para que um novo ser humano, feito à imagem e semelhança de Deus, pudesse vir ao mundo. Medite sobre isto por um momento e você sentirá uma profunda reverência pelo seu corpo. Ele pertence a Deus, e não é um “brinquedo” que você pode dispor para própria satisfação.



Se você estudar a arte pagã, você vai descobrir que ela presta culto ao órgão reprodutivo masculino, representando-o em várias esculturas e pinturas como um símbolo de força, virilidade, criatividade e poder. Mas desde o primeiro momento em que a Igreja Católica se tornou uma religião reconhecida, ela lutou implacavelmente contra este culto pagão. Porém a Igreja introduziu uma oração pronunciada milhões de vezes a cada dia na qual o órgão feminino no mesmo nível de excelência, o “ventre”, é mencionado. “Bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus”. Eu estou certa, minha querida jovem amiga, que se você meditar sobre isto, você entenderá que é um privilégio ter nascido mulher, e respeitará o mistério que Deus colocou no corpo feminino.

Graças a Deus que Ele a fez nascer mulher; eu estou certa agora que você entendeu que isso é um grande privilégio.

* Alice von Hildebrand é Filósofa e Teóloga Católica. Suas obras incluem: "The Privilege of Being a Woman (O privilégio de Ser uma Mulher -2002) e "The Soul of a Lion: The Life of Dietrich von Hildebrand" (A Alma de um Leão: A Vida de Dietrich von Hildebrand - 2000 - biografia de seu falecido marido).

Sou um Milagre, Estou Aqui.

Há uma letra de música do cantor Izaías, fundador da Comunidade CORAÇÃO NOVO - RJ, que diz: "Eu sou como um diamante encontrado em um garimpo, meio bruto e sem forma, que precisa ser polido. E Deus é o garimpeiro que está à minha procura. Se eu me entrego em Suas Mãos, Deus me educa, Deus me cura." Eu não saberia fazer a apresentação desse testemunho sem recorrer a essas palavras. Conheci este jovem de um modo improvável, pela internet. E creio que àqueles diamantes que Deus mais lasca, mais lapida, mais vai polindo, são os que de modo mais límpido e claro hão de refletir Sua Divina Face ao mundo. Entenderão ao ler o testemunho do Henrique. Ao lê-lo, recordei-me claramente das palavras do Pe Pio de Pietrelcina: "Esta terra é um lugar de prova, e o prêmio se reserva lá em cima.". Sem mais delongas, saboreemos a vida deste jovem, obra do Senhor, admirável a nossos olhos. Rico, Deus o abençoe.

 
Queridos amigos e irmãos em Cristo e visitantes do blog imortal juventude, antes de mais nada, vos saúdo com a Paz de Jesus e o Amor de Maria. Estou aqui pra falar um pouco do meu testemunho de vida, por tudo que eu passei e meus planos para o futuro servindo ao Nosso Senhor Jesus Cristo.

Henrique Flores
Meu nome é Henique Flores, tenho 24 anos e sou da cidade de Guarujá-SP. Além de bacharel em Publicidade e Propaganda, sou ministro de Comunicação Social no Grupo de Jovens “Nova Geração”. Mas vamos ao meu testemunho.

Queridos irmãos, fui criado em uma família no qual me deu uma grande estrutura para enfrentar diversos problemas na vida, mas infelizmente, algo que meus pais não me deram uma grande estrutura foi no quesito “Afetividade”, e assim começa a minha história.

Sempre fui uma pessoa feliz, brincalhona, de fazer amizades muito fácil. Porém, quando o relacionamento se tornava mais sério, eu sempre dava bola fora e assim começa a minha história.

Em 1998, fui  um dos fundadores de um grupo de jovens aqui em minha cidade. O grupo se chamava “Jovens de Deus” e comecei no ministério de intercessão. Após 1 ano, comecei a cantar no Ministério de Música, pena que eu não refletia muito bem o que era realmente ser um Jovem de Deus. Sempre fui muito mulherengo, saía com 2, 3 e as vezes 4 meninas nas quermesses de minha paróquia. Até que no ano de 2001, eu resolvi namorar “sério” com uma serva do grupo. Só que, infelizmente, em uma das viagens que fiz pra Santa Catarina ver minha querida vózinha (que hoje está no auge dos seus 95 anos), ela me traiu. Fato inadimissível e imperdoável, mas eu “perdoei” e continuamos o namoro.

Só que, ao invés de eu me dedicar a ela,  eu saía com outras  garotas além dela, fato que culminou no fim de nosso namoro. No início de 2002, comecei a namorar uma amiga dela, menina linda, porém, de gênio forte. Namoramos apenas 1 mês e meio e pelo mesmo problema: TRAIÇÃO!

Fiquei dois anos sozinho até que, em 2005, conheci uma pessoa no qual hoje, eu posso dizer que, praticamente deu uma reviravolta em minha vida. Uma pessoa de Deus e, então, comecei a gostar dela, pena que ela não dava muita bola pra isso, porque o que ela mais queria era minha amizade. Quebrei a cara, fiquei sem a amizade dela e acabei entrando em depressão.

Em Maio de 2006, pra aumentar ainda mais a minha depressão, descobri que eu era portador de uma doença chamada “Insuficiência Renal Crônica”, no qual mudaria ainda mais a minha vida. Essa doença nada mais é do que a “falência” dos rins e, no qual eu precisaria de hemodiálise para fazer a filtragem do sangue. Foi aí que eu  realmente comecei a entender o verdadeiro amor de Cristo por mim.

Sabe queridos irmãos, todos pensavam que eu não iria conseguir, não iria suportar o tratamento e que eu pereceria naquela máquina. Mas não, mostrei a todos que a força e o poder da oração foi muito mais do que as doloridas sessões de hemodiálise. Aí começou uma luta a favor da vida.

Foram 3 meses de muita dor, sofrimento. A pior coisa que aconteceu na minha vida foi ver os meus pais chorando a cada vez que eu entrava na sala de hemodiálise, e tudo pelo simples fato  de eu entrar na sala de hemodiálise vivo e poder sair morto, como tantos outros que vi morrer diante dos meus olhos. Um grande apoio que eu tive nesta época foi de minha família e dos meus amigos de faculdade, que não me deixaram desistir do meu maior sonho e daquilo que Deus sonhou pra mim. SER COMUNICADOR.

Dentro desses 3 meses, meu pai fez todos os exames pra me doar um rim e, no dia 08/08/2006, fiz um transplante renal com doador vivo. Aí começou um verdadeiro amor-doação para a vida de servo de Deus. Só que os problemas de afetividade ainda não acabariam.

Em 2008, ano em que o acampamento PHN completou 10 anos, conheci uma pessoa e gostei dela, só que ela morava longe de mim. Acabou não dando certo. Neste tempo, conheci uma pessoa maravilhosa no qual é o dono deste blog. Roberto Amorim, que me ajudou muito e até hoje me ajuda em minha caminhada.

Mais ou menos uns 2 meses depois , eu conheci aquela que Deus reservou pra mim. Por incrível que pareça, nos conhecemos em uma sala de Bate Papo no portal “cancaonova.com” . Ela se chama Luciene Ribeiro da Silva, tem 24 anos (hoje) é, apesar dos conflitos do dia a dia, eu a amo de verdade e tenho absoluta certeza de que ela é aquela que Deus escolheu pra mim.
Henrique e Luciene


Estamos juntos há quase 2 anos. E nesse tempo aconteceu um fato trágico, minha sogra era diabética e sentia fortes dores na região dos rins e na região do estômago. Um dia ela sentiu-se mal e a levei ao P.S. em Osasco-SP. Foi constatado um infarto de miocárdio. Três dias depois, ela foi transferida para a UTI do Hospital Antôno Giglio, também em Osasco.

Me recordo que, em um dia no qual eu fui visitá-la na UTI, subimos eu e uma prima dela e, logo após a prima dela desceu, pra dar lugar a minha namorada. Neste meio tempo, ela pediu pra que eu avisasse uma das irmãs da minha namorada que ela estava sendo toda furada e que precisava da presença dela ali. E surpreendemente, ela ficou falando até a minha namorada subir os seguintes dizeres: “Obrigado Senhor, Obrigado Senhor, Obrigado Senhor,...”. Naquele momento, toda mágoa, todo rancor e ressentimento que eu tinha com pessoas que me fizeram mal no passado caiu por terra.

Uma semana depois, no dia 28/04/2009, ela veio a falecer. E em vez de ficar chorando pela perda da minha amada sogra (tem gente que não gosta da sogra, mas eu AMO DEMAIS a minha sogra), eu fiz das palavras dela as minhas palavras: “Obrigado Senhor, Obrigado Senhor, Obrigado Senhor,...”.

Hoje estou em outra comunidade, servindo a Deus através da comunicação social, no qual, além de eu divulgar o amor de Deus à várias pessoas, sempre tenho um encontro pessoal com Deus a cada dia que sirvo neste maravilhoso ministério.

A depressão que eu tinha, hoje não tenho mais. Lembram da garota que eu gostava dela em 2005? Pois bem, hoje nos damos super bem e somos grandes amigos.

As vezes converando com a minha mãe e com a minha namorada, elas dizem que eu sou um milagre por tudo que eu passei pra hoje ser o que sou e chegar aonde estou. A música que quero deixar pra vocês hoje, é uma música que fala muito de tudo o que eu passei e, jamais se esqueça, por mais que você hoje se sinta um lixo, eu te digo com toda a propriedade que, só o fato de você existir, VOCÊ É UM MILAGRE. Escute esta canção e, tenho certeza que, através dela, você se sentirá tocado por Deus e jamais se sentirá um nada, e sim, UM MILAGRE.



Muito obrigado a todos, e espero que o meu testemunho seja luz e conversão para várias pessoas. 
UM FORTE ABRAÇO E QUE DEUS VOS ABENÇOE!
 
Henrique Flores
Ministério de Comunicação Social
Grupo Nova Geração: Gerando Vida Nova
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"Deus me fez nova para um mundo novo"


Deus é definitivamente surpreendente. Só Ele sabe as razões pelas quais tive a louca idéia de ficar na web até mais tarde hoje. Encontrei um precioso coração de uma jovem lá no Ceará, que me confiou sua história com Deus. Como diz o missionário Dunga, da Comunidade Canção Nova: "Quem se expõe, se compromete; quem se compromete, amadurece!"
Tenho por certo que esse é o testemunho de uma jovem que ta caminhando com decisão para o que Deus espera dela. Oremos juntos por ela, com ela ao Senhor que nos guarda em Seu Sacratíssimo Coração.

Mayara, suas palavras serão força e vida para muitos. Deus a abençoe!
Com vocês, a vida com sabor de ação divina de Mayara de Oliveira.

Mayara Oliveira
Os planos de Deus em minha vida começaram desde muito cedo. Sou filha adotiva, antes mesmo de nascer fui destinada a uma família certa. No dia 02 de Julho de 1993, bateram na porta dessa família com um sextinho de madeira. Meu pai ao abrir a porta, encontrou apenas o sextinho e imediatamente levou-o para dentro. Então o telefone toca e ele mesmo vai atender enquanto minha mãe fica me olhando. Minha mãe adotiva devido a algumas doenças veio a ficar estéril. E uma surpresa acontece quando meu pai atende ao telefone, ele escuta a pessoa na outra linha falando: É pra você Toinha! (nome da minha mãe). Sou um presente de Deus para meus pais e assim reciprocamente.
               Meu Pai gosta de frisar bem a parte de quando eu acordei (sim, pois cheguei dormindo). Ele comenta com alegria de que quando abri meus olhos olhei para eles e olhei para o teto, sorri, como quem já fosse grande e entendesse, sentisse que ali era o meu lugar.
               Então, cresci numa ótima família (estou crescendo ainda rs), estudei nas melhores escolas da cidade, desde criança meus pais me encaminharam para uma vida de oração, dentro da igreja católica. Eles cumprem direitinho seu dever de pais.
               Mas eles sabiam que não era de tudo que eles poderiam me proteger. Aos poucos eu fui seduzida pelo mundo, por suas formas e cores. Minha vida sexual começou cedo, eu tinha 12 anos quando tive meus primeiros maiores contatos com homens. Foi numa festa que eu vi pela primeira vez o órgão genital masculino, meus ficas já eram mais pesados. Até então eu ainda era virgem.

               Eu já fazia parte da renovação a aproximadamente 3 anos, como eu disse antes, meus pais ou melhor, minha mãe me levava para os grupos de orações, mas devido a minha idade eu não podia participar dos retiros nem dos seminários de vida.
               Meu primeiro retiro foi num carnaval, onde eu já ia completar meus 13 anos. Estava naquela expectativa, de como seria meu primeiro retiro e também confesso que estava curiosa para saber o que rolava num retiro. Mal eu sabia que era ali naquele retiro que eu ia ter meu primeiro encontro pessoal com Deus. É isso ai o tão sonhado e comentado Encontro Pessoal com Deus, que até ali eu só conhecia por palavras aconteceu em minha vida, Deus mudou o rumo de minha vida.
               Embora eu amasse meus pais, eu não os mostrava isso, fui um pouco rebelde, e nesse retiro Deus me mostrou que as coisas não eram daquele jeito, mostrou-me um novo jeito de amar. Tem quem comente que eu chorei o retiro todo, é porque foi aquele encontro mesmo, perfeito.
               Aos 14 anos entrei no Ministério de Teatro e Dança, era o tempo da graça, eu estava naquele fogo de quem é apaixonado, louvor e glória 24 h. O tempo passando e as talhas que estavam transbordando foram se esvaziando, o inverno espiritual vinha chegando. Eu não sentia mais Deus, eu não ouvia mais a sua voz, e isso me aterrorizava, pois eu não queria me afastar dele, mas eu não sabia mais o que fazer, eu não suportava mais esse frio. Foi quando eu entrei no antigo CEFET, que agora se chama IFCE, conheci novas pessoas, alguns eu já até conhecia, mas tinha perdido o contato. Eu já não sentia mais Deus, era como se ele tivesse me deixado de lado, e consequentemente me liberado para fazer o que eu quisesse. Fui influenciada, mas também não nego, influenciei, voltei a freqüentar ambientes que antes eu freqüentava, passei a ir festas, até mesmo a fazer festinha em repúblicas de estudantes, a beber muito. Então, como eu nunca gostei de estar em cima do muro, pedi afastamento no Ministério de Teatro e dança, mas não estava nos meus planos sair da RCC. Só que eu não sabia que o Ministério era o pilar que me sustentava na renovação.
               Entre as pessoas que eu conheci na escola, estava também certo alguém no qual eu achava ser “O homem da minha vida”, “meu grande amor”. Com o pequeno detalhe de que ele nunca achou que eu seria a tal mulher da vida dele, mas eu não me importava, queria porque queria ficar com ele.
               O meu aniversário de 15 anos foi hilário, tinha o contraste de dois mundos diferentes, pessoas de oração x pessoas do mundão, quem ganharia essa luta? Rs. Eu era conhecida como a Rainha do Creu, por causa do meu jeito erótico de dançar. Pois é, vejam só fui da dança litúrgica a dança do creu. O amor de minha vida estava lá, e uma amiga minha estava de olho nele, é isso aí, ela me pediu pra arrumar ele como esquema para ela, e eu orgulhosa fui lá e arrumei, e ele aceitou. Nossa deu vontade de quebrar a cara dele, porque até onde eu sabia, ele não ficava comigo porque gostava de outra pessoa. Mas tudo bem, eu estava tão cega que nem liguei para esse “pequeno detalhe”.
               Teve uma festa daquelas repúblicas que eu fui, pois tava a fim de encher a cara, afogar as mágoas. Nossa, eu bebi muito, tanto a ponto de nem saber mais o que eu estava fazendo. Apaguei. Só me lembro a partir do momento quando as meninas me levaram para casa dele. Chegando lá ele cuidou de mim, apesar de tudo ele me considerava muito. Ele mesmo me levou pra casa e explicou aos meus pais o que tinha acontecido, e isso fez com que meus pais depositassem certa confiança nele. Foi nesse dia, em minha casa que eu fiquei com ele, não rolou nada demais, só beijos.
               No outro dia, acordei ralada, sem saber o que tinha acontecido. Fui então à casa de uma “amiga” que tava comigo no dia anterior para saber o que aconteceu. Ela me contou que eu bebi demais, que mal conseguia andar e que caia em todo canto, que eu gritava pelo nome dele chorando e dizendo que o amava, ai foi que elas o chamaram, e que ele disse que quando eu estivesse um pouco melhor me levassem pra casa dele.
                A partir desse dia eu comecei a ficar com ele. Comentava com minhas amigas que queria perder a virgindade com ele, pois era ele que eu “amava”. Em maio a escola organizou um passeio ao SESC numa cidade por perto, no qual é cidade onde ele mora até hoje. Combinei com essa mesma amiga de perder o ônibus de volta propositalmente, voltaríamos para casa na ultima topique, ela voltou, mas eu resolvi ficar. Eu ia ficar na casa de um amigo, no qual a casa dele fica na mesma rua do meu “grande amor”, mas ele me convidou para fica na casa dele, ele mesmo se encarregou de ligar para meus pais, para pedir para que eu ficasse lá, entra em ação a confiança que meus pais tinham nele. Fiquei dois dias na casa dele, dormindo na casa dele, no quarto dele, na cama dele com ele, mas apenas na ultima madrugada eu decidi me entregar a ele. Era como se fosse uma prova de amor que eu pudesse dar a ele.
               No dia seguinte, ele se declara para outra pessoa, começou a namorar com ela, e como se não bastasse fiquei sabendo que ele disse que eu tinha um “jeitinho de macho”, eu tava na escola quando fiquei sabendo disso, saí aos prantos, fui correndo na casa dele, briguei com ele. Foi o fim pra mim.
               Era como se eu não valesse mais nada, o que eu tinha de melhor entreguei para ele, então já não importava mais quantas vezes eu fizesse, com quem eu faria, pois já tinha pecado, então dava no mesmo continuar no erro. Depravei-me de vez, chegava todo fim de semana bêbada em casa, sem condição de subir as escadas da minha própria casa, fui durante esse tempo uma espécie de cruz para meus pais, eles tinham que me subir ali, pois continuavam me amando. Quem dera ser cruz apenas naqueles momentos para subir as escadas.
               Certo dia cheguei bêbada em casa, mas com um pouco de consciência nas coisas que eu falava, disse para minha mãe que tinha perdido a virgindade, falei quando onde e com quem. E ela apenas me disse que naquele momento era como se eu tivesse enfiado uma faca no peito dela, e que aos poucos eu estava a matando, então ela pediu que eu não fizesse isso com ela. Então ela chorou comigo ali. Isso me doeu muito, muito mesmo, mas parece que eu queria quebrar mais a cara ainda.
               Nos fins de semanas eu fugia pros os sítios para beber, e sair com algum rapaz bonito e rico, mas também saia apenas para me divertir com os “amigos”, para tirar fotos. Num desses encontros para tirar fotos, resolvi tirar fotos sem roupa. Eu e mais um amigo tiramos, mas guardaríamos as fotos a sete chaves, pelo menos era esse o meu pensamento.
               Ao chegar à cidade passei as fotos para o computador dele, e fui logo para casa de minha tia. Era seu aniversário e eu fiquei de levar a câmera. Antes de ir combinei com ele para não divulgar as fotos, se fosse para divulgar seria depois de editá-las e colocar uma tarja preta enorme para me cobrir. Ao voltar do aniversario acessei a internet, fui ao MSN e logo varias pessoas vira me perguntar onde eu tinha tirado aquelas fotos, e porque tinha colocado no meu orkut.  Logo eu compreendi que ele tinha colocado as fotos no orkut, e o pior, meu considerado melhor amigo soltou as fotos na internet com estrelinhas pretas mínimas que não escondiam nada. Fui a casa dele e mandei-o retirar todas as fotos, e cortei o laço de amizade que tinha entre nós.
               Fiquei então conhecida como uma espécie de prostituta na cidade, como uma rapariga, quem eu pensava ser meu amigo me virou a cara, ninguém mais queria a minha amizade. Fiquei só, com meus pais que sempre continuaram do meu lado, me aquietei um pouco, isso foi bom, pois me indicava um caminho.
               A solidão me indicava o caminho de pessoas que eu sabia que podia confiar. Sim, eu tinha uma segunda família de nome Renovação Carismática Católica. Esta mesma família que eu fingia que nem existia, me acolheu sem olhar para o meu passado. Passaram-se um ano, e foi também num retiro de carnaval, que Deus queria me mostrar de que a vida sem ele não tem sentido. Ele quando me encontrou, não olhou parra o meu passado, não me condenou apenas me amou. Fui durante quase um ano a ovelha perdida que o Pastor foi a sua procura, Ele me encontrou, cuidou das minhas feridas. Fui também o filho pródigo, que pediu sua parte da herança e foi pro mundo gastar tudo, quando o dinheiro acabou ele chegou a desejar a comida dos porcos, pois já nem tinha mais o que comer, foi quando ele lembrou que até os empregados do pai dele comia em abundância, foi aí que ele decidiu voltar e quando voltou o pai fez uma festa para ele que nem digno mais era de ser chamado como filho por ele. Deus fez uma festa para mim, me deu novas vestes, um anel e novas sandálias. Deus é acima de tudo misericórdia infinita em minha vida, não sou digna nem de ser chamada de filha por ele.
               Deus me deu uma nova chance, um novo sopro de vida, hoje ele me confia três ministérios, muito mais do que eu mereço, faço parte do ministério de música, comunicação e jovem. Prego com a minha voz para que todos que tem a oportunidade de me conhecer também conheçam a Jesus Cristo, Aquele que é o tudo de alguém como eu que sou um nada. Não importa como você se encontra hoje, Deus não olha para o teu passado.
               Com o meu testemunho de vida, quero chegar ao mais intimo do coração aonde outras formas de evangelização não chegam. A pregação chama, mas o testemunho arrasta! 

Encerro meu testemunho com essa música.

A Ovelha Sou Eu

Fraternidade Toca de Assis

Composição: Irmão Lírio

Lá vai o pastor
a procura da ovelha que se perdeu
a procura do olhar que se desviou do seu(bis)
A encontrou em campos que não são seus
e viu que em suas feridas a dor está
em seus olhos ha somente a solidão
e agora só deseja ao redil voltar.
A ovelha sou eu
e não conheço outra voz
por isso quando eu fugi me cansei, me perdi,
eu procurava outra voz mas não pude encontrar
hoje posso ouvir de novo a voz do pastor a me chamar
e assim eu compreendi se de ti eu fugir
99 ou mais deixarás para trás e irás me buscar!


Deus é grande, Deus é bom, Deus é MISERICÓRDIA!


Mayara Oliveira
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