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"Deus me fez nova para um mundo novo"


Deus é definitivamente surpreendente. Só Ele sabe as razões pelas quais tive a louca idéia de ficar na web até mais tarde hoje. Encontrei um precioso coração de uma jovem lá no Ceará, que me confiou sua história com Deus. Como diz o missionário Dunga, da Comunidade Canção Nova: "Quem se expõe, se compromete; quem se compromete, amadurece!"
Tenho por certo que esse é o testemunho de uma jovem que ta caminhando com decisão para o que Deus espera dela. Oremos juntos por ela, com ela ao Senhor que nos guarda em Seu Sacratíssimo Coração.

Mayara, suas palavras serão força e vida para muitos. Deus a abençoe!
Com vocês, a vida com sabor de ação divina de Mayara de Oliveira.

Mayara Oliveira
Os planos de Deus em minha vida começaram desde muito cedo. Sou filha adotiva, antes mesmo de nascer fui destinada a uma família certa. No dia 02 de Julho de 1993, bateram na porta dessa família com um sextinho de madeira. Meu pai ao abrir a porta, encontrou apenas o sextinho e imediatamente levou-o para dentro. Então o telefone toca e ele mesmo vai atender enquanto minha mãe fica me olhando. Minha mãe adotiva devido a algumas doenças veio a ficar estéril. E uma surpresa acontece quando meu pai atende ao telefone, ele escuta a pessoa na outra linha falando: É pra você Toinha! (nome da minha mãe). Sou um presente de Deus para meus pais e assim reciprocamente.
               Meu Pai gosta de frisar bem a parte de quando eu acordei (sim, pois cheguei dormindo). Ele comenta com alegria de que quando abri meus olhos olhei para eles e olhei para o teto, sorri, como quem já fosse grande e entendesse, sentisse que ali era o meu lugar.
               Então, cresci numa ótima família (estou crescendo ainda rs), estudei nas melhores escolas da cidade, desde criança meus pais me encaminharam para uma vida de oração, dentro da igreja católica. Eles cumprem direitinho seu dever de pais.
               Mas eles sabiam que não era de tudo que eles poderiam me proteger. Aos poucos eu fui seduzida pelo mundo, por suas formas e cores. Minha vida sexual começou cedo, eu tinha 12 anos quando tive meus primeiros maiores contatos com homens. Foi numa festa que eu vi pela primeira vez o órgão genital masculino, meus ficas já eram mais pesados. Até então eu ainda era virgem.

               Eu já fazia parte da renovação a aproximadamente 3 anos, como eu disse antes, meus pais ou melhor, minha mãe me levava para os grupos de orações, mas devido a minha idade eu não podia participar dos retiros nem dos seminários de vida.
               Meu primeiro retiro foi num carnaval, onde eu já ia completar meus 13 anos. Estava naquela expectativa, de como seria meu primeiro retiro e também confesso que estava curiosa para saber o que rolava num retiro. Mal eu sabia que era ali naquele retiro que eu ia ter meu primeiro encontro pessoal com Deus. É isso ai o tão sonhado e comentado Encontro Pessoal com Deus, que até ali eu só conhecia por palavras aconteceu em minha vida, Deus mudou o rumo de minha vida.
               Embora eu amasse meus pais, eu não os mostrava isso, fui um pouco rebelde, e nesse retiro Deus me mostrou que as coisas não eram daquele jeito, mostrou-me um novo jeito de amar. Tem quem comente que eu chorei o retiro todo, é porque foi aquele encontro mesmo, perfeito.
               Aos 14 anos entrei no Ministério de Teatro e Dança, era o tempo da graça, eu estava naquele fogo de quem é apaixonado, louvor e glória 24 h. O tempo passando e as talhas que estavam transbordando foram se esvaziando, o inverno espiritual vinha chegando. Eu não sentia mais Deus, eu não ouvia mais a sua voz, e isso me aterrorizava, pois eu não queria me afastar dele, mas eu não sabia mais o que fazer, eu não suportava mais esse frio. Foi quando eu entrei no antigo CEFET, que agora se chama IFCE, conheci novas pessoas, alguns eu já até conhecia, mas tinha perdido o contato. Eu já não sentia mais Deus, era como se ele tivesse me deixado de lado, e consequentemente me liberado para fazer o que eu quisesse. Fui influenciada, mas também não nego, influenciei, voltei a freqüentar ambientes que antes eu freqüentava, passei a ir festas, até mesmo a fazer festinha em repúblicas de estudantes, a beber muito. Então, como eu nunca gostei de estar em cima do muro, pedi afastamento no Ministério de Teatro e dança, mas não estava nos meus planos sair da RCC. Só que eu não sabia que o Ministério era o pilar que me sustentava na renovação.
               Entre as pessoas que eu conheci na escola, estava também certo alguém no qual eu achava ser “O homem da minha vida”, “meu grande amor”. Com o pequeno detalhe de que ele nunca achou que eu seria a tal mulher da vida dele, mas eu não me importava, queria porque queria ficar com ele.
               O meu aniversário de 15 anos foi hilário, tinha o contraste de dois mundos diferentes, pessoas de oração x pessoas do mundão, quem ganharia essa luta? Rs. Eu era conhecida como a Rainha do Creu, por causa do meu jeito erótico de dançar. Pois é, vejam só fui da dança litúrgica a dança do creu. O amor de minha vida estava lá, e uma amiga minha estava de olho nele, é isso aí, ela me pediu pra arrumar ele como esquema para ela, e eu orgulhosa fui lá e arrumei, e ele aceitou. Nossa deu vontade de quebrar a cara dele, porque até onde eu sabia, ele não ficava comigo porque gostava de outra pessoa. Mas tudo bem, eu estava tão cega que nem liguei para esse “pequeno detalhe”.
               Teve uma festa daquelas repúblicas que eu fui, pois tava a fim de encher a cara, afogar as mágoas. Nossa, eu bebi muito, tanto a ponto de nem saber mais o que eu estava fazendo. Apaguei. Só me lembro a partir do momento quando as meninas me levaram para casa dele. Chegando lá ele cuidou de mim, apesar de tudo ele me considerava muito. Ele mesmo me levou pra casa e explicou aos meus pais o que tinha acontecido, e isso fez com que meus pais depositassem certa confiança nele. Foi nesse dia, em minha casa que eu fiquei com ele, não rolou nada demais, só beijos.
               No outro dia, acordei ralada, sem saber o que tinha acontecido. Fui então à casa de uma “amiga” que tava comigo no dia anterior para saber o que aconteceu. Ela me contou que eu bebi demais, que mal conseguia andar e que caia em todo canto, que eu gritava pelo nome dele chorando e dizendo que o amava, ai foi que elas o chamaram, e que ele disse que quando eu estivesse um pouco melhor me levassem pra casa dele.
                A partir desse dia eu comecei a ficar com ele. Comentava com minhas amigas que queria perder a virgindade com ele, pois era ele que eu “amava”. Em maio a escola organizou um passeio ao SESC numa cidade por perto, no qual é cidade onde ele mora até hoje. Combinei com essa mesma amiga de perder o ônibus de volta propositalmente, voltaríamos para casa na ultima topique, ela voltou, mas eu resolvi ficar. Eu ia ficar na casa de um amigo, no qual a casa dele fica na mesma rua do meu “grande amor”, mas ele me convidou para fica na casa dele, ele mesmo se encarregou de ligar para meus pais, para pedir para que eu ficasse lá, entra em ação a confiança que meus pais tinham nele. Fiquei dois dias na casa dele, dormindo na casa dele, no quarto dele, na cama dele com ele, mas apenas na ultima madrugada eu decidi me entregar a ele. Era como se fosse uma prova de amor que eu pudesse dar a ele.
               No dia seguinte, ele se declara para outra pessoa, começou a namorar com ela, e como se não bastasse fiquei sabendo que ele disse que eu tinha um “jeitinho de macho”, eu tava na escola quando fiquei sabendo disso, saí aos prantos, fui correndo na casa dele, briguei com ele. Foi o fim pra mim.
               Era como se eu não valesse mais nada, o que eu tinha de melhor entreguei para ele, então já não importava mais quantas vezes eu fizesse, com quem eu faria, pois já tinha pecado, então dava no mesmo continuar no erro. Depravei-me de vez, chegava todo fim de semana bêbada em casa, sem condição de subir as escadas da minha própria casa, fui durante esse tempo uma espécie de cruz para meus pais, eles tinham que me subir ali, pois continuavam me amando. Quem dera ser cruz apenas naqueles momentos para subir as escadas.
               Certo dia cheguei bêbada em casa, mas com um pouco de consciência nas coisas que eu falava, disse para minha mãe que tinha perdido a virgindade, falei quando onde e com quem. E ela apenas me disse que naquele momento era como se eu tivesse enfiado uma faca no peito dela, e que aos poucos eu estava a matando, então ela pediu que eu não fizesse isso com ela. Então ela chorou comigo ali. Isso me doeu muito, muito mesmo, mas parece que eu queria quebrar mais a cara ainda.
               Nos fins de semanas eu fugia pros os sítios para beber, e sair com algum rapaz bonito e rico, mas também saia apenas para me divertir com os “amigos”, para tirar fotos. Num desses encontros para tirar fotos, resolvi tirar fotos sem roupa. Eu e mais um amigo tiramos, mas guardaríamos as fotos a sete chaves, pelo menos era esse o meu pensamento.
               Ao chegar à cidade passei as fotos para o computador dele, e fui logo para casa de minha tia. Era seu aniversário e eu fiquei de levar a câmera. Antes de ir combinei com ele para não divulgar as fotos, se fosse para divulgar seria depois de editá-las e colocar uma tarja preta enorme para me cobrir. Ao voltar do aniversario acessei a internet, fui ao MSN e logo varias pessoas vira me perguntar onde eu tinha tirado aquelas fotos, e porque tinha colocado no meu orkut.  Logo eu compreendi que ele tinha colocado as fotos no orkut, e o pior, meu considerado melhor amigo soltou as fotos na internet com estrelinhas pretas mínimas que não escondiam nada. Fui a casa dele e mandei-o retirar todas as fotos, e cortei o laço de amizade que tinha entre nós.
               Fiquei então conhecida como uma espécie de prostituta na cidade, como uma rapariga, quem eu pensava ser meu amigo me virou a cara, ninguém mais queria a minha amizade. Fiquei só, com meus pais que sempre continuaram do meu lado, me aquietei um pouco, isso foi bom, pois me indicava um caminho.
               A solidão me indicava o caminho de pessoas que eu sabia que podia confiar. Sim, eu tinha uma segunda família de nome Renovação Carismática Católica. Esta mesma família que eu fingia que nem existia, me acolheu sem olhar para o meu passado. Passaram-se um ano, e foi também num retiro de carnaval, que Deus queria me mostrar de que a vida sem ele não tem sentido. Ele quando me encontrou, não olhou parra o meu passado, não me condenou apenas me amou. Fui durante quase um ano a ovelha perdida que o Pastor foi a sua procura, Ele me encontrou, cuidou das minhas feridas. Fui também o filho pródigo, que pediu sua parte da herança e foi pro mundo gastar tudo, quando o dinheiro acabou ele chegou a desejar a comida dos porcos, pois já nem tinha mais o que comer, foi quando ele lembrou que até os empregados do pai dele comia em abundância, foi aí que ele decidiu voltar e quando voltou o pai fez uma festa para ele que nem digno mais era de ser chamado como filho por ele. Deus fez uma festa para mim, me deu novas vestes, um anel e novas sandálias. Deus é acima de tudo misericórdia infinita em minha vida, não sou digna nem de ser chamada de filha por ele.
               Deus me deu uma nova chance, um novo sopro de vida, hoje ele me confia três ministérios, muito mais do que eu mereço, faço parte do ministério de música, comunicação e jovem. Prego com a minha voz para que todos que tem a oportunidade de me conhecer também conheçam a Jesus Cristo, Aquele que é o tudo de alguém como eu que sou um nada. Não importa como você se encontra hoje, Deus não olha para o teu passado.
               Com o meu testemunho de vida, quero chegar ao mais intimo do coração aonde outras formas de evangelização não chegam. A pregação chama, mas o testemunho arrasta! 

Encerro meu testemunho com essa música.

A Ovelha Sou Eu

Fraternidade Toca de Assis

Composição: Irmão Lírio

Lá vai o pastor
a procura da ovelha que se perdeu
a procura do olhar que se desviou do seu(bis)
A encontrou em campos que não são seus
e viu que em suas feridas a dor está
em seus olhos ha somente a solidão
e agora só deseja ao redil voltar.
A ovelha sou eu
e não conheço outra voz
por isso quando eu fugi me cansei, me perdi,
eu procurava outra voz mas não pude encontrar
hoje posso ouvir de novo a voz do pastor a me chamar
e assim eu compreendi se de ti eu fugir
99 ou mais deixarás para trás e irás me buscar!


Deus é grande, Deus é bom, Deus é MISERICÓRDIA!


Mayara Oliveira
msn: p.araquedas@hotmail.com






2 comentários:

  1. Muitooo .. muitoo Bom..
    "..Deus é Capaz De trocar reinos Por ti...
    Deus Só não é Capaz De Deixar de Te Amar..."

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  2. Mayara Deus te ama até o ciumes..
    Ele te ama demais e não te abandonará jamais..
    Seu testemunho de vida é belissimo
    É restauração para nossas vidas
    Deus te abençoe
    Beijos

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